Altos e baixos giram e passam, e estou com uma saudade imensa de tudo aquilo que já passou
e que sequer lembro.
Que saudade das minhas mães e pais e irmãos e irmãs.
Que vertiginosa vontade de aprender a amar
e perdoar e sorrir para o medo
e deixar a alegria partir.
Essa música que toca o tempo todo
no rock, no funk, no silêncio,
que música é essa?
Essa é a música da compaixão,
essa é a música da liberdade,
essa é a música da morte,
a música da vida.
Entreatos, nos hiatos das palavras,
no meio da bagunça e da decepção
há luz - farol despertante,
o olho imóvel no centro do furacão.
E os encontros mais inesperados
já estavam marcados desde antes do tempo.
Calma coração, calma. o caos é uma ponte e a dor uma passagem.
Entao o que se fizer, rosas na chuva.
o que se se fez, nuvens no céu.
E o sol ainda está lá quando tudo está escuro e tumultuado.
E quando as lágrimas embargarem a voz, e o corpo inteiro gemer - boas vindas!
Abertura em ondas, sorrisos em cores, abraços medicinais -
tudo é favorável para o coração livre de si mesmo.
Vai vai coração alado, cruzador de mundos, caminhante do espaço, pacificador da dúvida.
Caminhar e semear e aprender a ser e o não-ser.
E curar tudo aquilo que toca -
no menor o maior.
ama
ama
ama
e
pulsa o mundo inteiro.
De: Breno Xavier.
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